Nas províncias de Gaza e Inhambane, com cinco e 13 casos da COVID-19, respectivamente, pode haver mais pessoas infectadas, segundo o resultado de um estudo realizado pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM).
A densidade populacional, o número de agregado familiar, a mobilidade das pessoas e o índice de acessibilidade são indicadores demográficos usados para determinar os locais com maior probabilidade de propagação da COVID-19.
Segundo Carlos Arnaldo, pesquisador da UEM, os distritos do interior das províncias de Gaza e Inhambane, são os mais propensos a propagação da doença.
Esta informação é resultante de um estudo da Universidade Eduardo Mondlane, que tem como objectivo identificar os distritos cujas características demográficas favorecem a propagação da Covid-19 e a ocorrência de casos graves.
“Os resultados preliminares mostram que os casos mais graves poderão surgir nos distritos das províncias do Sul do país, sobretudo, nos distritos do interior de Gaza e Inhambane porque nesses distritos, temos uma fecundidade mais baixa em relação ao resto do país, o que aumenta a da população idosa, que é um grupo de risco, temos ainda a questão do HIV/SIDA que é mais alta no sul e aliada a delimitada capacidade de água potável”, mencionou Carlos Arnaldo.
Para além dessas províncias, outros distritos das zonas Norte e Centro também podem registar um maior número de casos.
“Temos ainda duas áreas, uma em Cabo Delgado no distrito de Muidumbe, Moeda, Nangade, Meluco e Macomia que apresentam também elevado risco, e na zona centro, na província da Zambézia nos distritos de Pebane e Chinde, em Sofala no distrito de Machanga e Matchaze em Manica”, disse Arnaldo, que explicou que essa probabilidade deve-se ao facto desses distritos registarem uma taxa elevada e sero-prevalência e fraca cobertura das unidades sanitárias.
O pesquisar alerta que este estudo não é absoluto. E apela para intensificação das medidas de prevenção, principalmente, aos grupos de risco e nas zonas mencionadas.
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