Na sessão de ontem no Parlamento, Carmelita Namashulua, ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, explicou que “O adulto tem discernimento suficiente para observar todas as medidas cautelares definidas pelas autoridades de saúde”. Namashulua respondia assim à questão dos deputados segundo a qual as fichas físicas não seriam meio de propagação da Covid-19?
A governante defendeu que para ultrapassar este risco, as escolas estão orientadas a privilegiar o ensino à distância, entretanto, tendo em conta que parte das famílias moçambicanas não tem recursos materiais e domínio das tecnologias para o efeito, Carmelita Namashulua diz que não se tem como banir as fichas físicas.
Foi levantada a questão de enchentes no Hospital Central de Quelimane, pelo que Armindo Tiago, ministro da Saúde anunciou que há um concurso para contratação de mais pessoas para o Hospital Central de Quelimane, de modo a reduzir a enchente de pacientes e, desta forma, e propagação da pandemia.
Ainda ontem, o ministro das Obras Públicas e Recursos Hídricos e Habitação, João Osvaldo Machatine, falou de projectos ambiciosos para este ano nas duas áreas.
“Na província da Zambézia vamos iniciar a reabilitação profunda de 759 quilómetros estradas rurais e iremos construir 107 pontes”, projectos a serem acompanhados pela construção de acampamentos para facilitar a manutenção das mesmas infra-estruturas.
“Em Nampula iremos iniciar, este ano, com intervenções profundas nas estradas rurais em cerca de 660 quilómetros. Iremos construir 35 pontes, 371 aquedutos e construção de 41 passagens galgáveis”, acrescenta.
Sobre o fornecimento de água, Osvaldo Machatine assegura a construção de 56 novas fontes de abastecimento de água nos distritos, o que vai garantir este líquido a 4.7 milhões de pessoas com água.
Os deputados questionaram a razão de alguns consumidores não terem este líquido a jorrar em suas torneiras, quando recebem facturas.
Machatine explica que eventualmente tal resulte de fugas na canalização, entretanto quando se reclama e percebe-se que o consumidor não tem culpa, há devolução do dinheiro pago.

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